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Acabei de ler Abacarumá, livro do meu querido amigo Luiz Preza, uma obra de contos e poemas pela qual eu estava ansiosa. Sempre me encantei por livros de contos e tenho o hábito de tentar adivinhar se o que está escrito reflete experiências vividas pelo autor ou se é pura ficção. Durante a leitura, perco-me nessas reflexões. Porém, logo na ?Apresentação? de Abacarumá, deparo-me com um paradoxo que desafia esse meu peculiar hábito: as lembranças do que vivemos são ficções? Uma realidade temperada com pitadas de inverdades... ou verdades?
Luiz Preza fez com que eu relembrasse minhas aulas na disciplina ?Pensamento Criativo e o Processo Científico?, que ministro na UFRJ. Refleti: como posso, eu mesma, que digo aos meus alunos que nossa memória episódica é apenas uma representação do que vivemos, uma reconstrução do passado ? e não a realidade exata ?, alimentar essa curiosidade sobre os contos? A ciência, afinal, ainda não criou um túnel do tempo...
Curiosamente (ou talvez não), essa minha inquietação em decifrar os autores de contos parece refletir-se em alguns personagens de Abacarumá, voyeurs que se envolvem na trama ao tentar desvendar os mistérios da vida alheia. E quantos mistérios cabem nas vidas dos outros...
Os contos de Abacarumá são incrivelmente sensíveis, exigindo do leitor um mergulho nas entrelinhas. Em Felicidade e eu, por exemplo, Luiz Preza desenha, com extrema sutileza, a poesia que se esconde sobre a dura rotina de pessoas simples, revelada em conversas monótonas em torno de uma mulher chamada Felicidade ? um nome que carrega, ironicamente, o oposto de suas vidas.
Já no conto Dante, embarcamos em uma viagem imaginária para um lugar sem saída, que pode ser interpretado como o labirinto da própria vida. A vida dos que não têm opções. Um caminho imposto, sem volta. Mas será que, de fato, alguém teria esse poder de fazer escolhas na vida? Contudo, Luiz insere esperança em pequenas poesias, como Despedida e Beijo, que resgatam, ainda que brevemente, o brilho das possibilidades.
Abacarumá é um livro para ser lido devagar, degustado e relido, sem pressa. Embora eu não saiba o significado de Abacarumá, desejo Abacarumá para todos. Ou será que esse título é apenas uma brincadeira do autor para instigar a curiosidade do leitor? Afinal, a curiosidade é a força que move todos nós, humanos.

Agnes Figueiredo - Niterói



Resgatando a memória de um passado com o qual nós, leitores, nos identificamos, a crônica nos transporta para um passado em que também colecionávamos e aprendíamos, com a experiência, a viver alegrias e a amadurecer com a frustração. A figurinha repetida é a oportunidade de viver uma pequena dor, mas também de aprender a compartilhar. Representando a metáfora cotidiana das experiências humanas, nos leva a pensar na construção da nossa identidade ao longo da vida, quando acumulamos vivências, pessoas, emoções e sentimentos. O que nos torna parte da história humana, coletiva, pois as muitas convergências que nos aproximam, também nos tornam mais iguais. A vida é troca, é nos conhecer e nos reconhecer olhando o outro no grande espelho da vida. Finalmente, nos percebendo parte do todo, do grande álbum de figurinhas chamado humanidade e sua histórias.

Josilene Batista - Rio de JaneiroRJ



Gostei muito da forma que aborda as experiências de vida, como espaços vazios em um álbum de figurinhas. E de como algumas dessas experiências podem mesmo se tornarem repetidas e por vezes decepcionantes, assim como abrirmos pacotinhos e só encontrarmos figurinhas repetidas. O difícil, nesse 'Ãlbum da vida' é conseguirmos vê-lo completo, de alguma forma.

Rodrigo Valente dos Santos - Rio de Janeiro / RJ



Muito verdadeiro o texto. Inspiração no cotidiano e historia de vida do próprio autor do texto. Parabéns.

Sônia Cristina - Rio de janeiro



Excelente texto. Parabéns. Forte abraço.

ALFREDO FÃISSAL ABDALLA WANOUS - Rio de Janeiro.



Que belo texto, luiz! Com a sensibilidade que somente grandes homens possuem! Adorei! Muito bom!

agnes - Niterói



Que belo texto, luiz! Com a sensibilidade que somente grandes homens possuem! Adorei! Muito bom!

agnes - Niterói



Encerrei a leitura com sorriso no rosto com boas lembranças da infância e adolescência. Parabéns pela habilidade em despertar esses bons sentimentos.

Ricardo - Rio de Janeiro



Que texto bacana, Luiz, o paralelo do álbum com os guardados" pelas vivências que vão construindo quem somos é muito interessante. A emoção da sua criança, das crianças que fomos, com cada pacote de figurinhas da vida será universal?
No aguardo do capítulo 2.
Abraço

Nicia - Niterói/RJ



Importante a sensibilidade do artista ao externizar parte de sua história de vida, que de certa forma, o levou a descobrir, por meio de colecionador de figurinhas, sua vocação artística ao longo do tempo.

Sônia Cristina dos Santos Prêza - Rio de janeiro



Muito bom de ler. Trata a vida de forma lúdica, além de despertar lembranças e sensações da infância. Parabens!

Nelise Duarte - Niterói



Muito bom de ler. Trata a vida de forma lúdica, além de despertar lembranças e sensações da infância. Parabens!

Nelise Duarte - Niterói



Muito bom de ler! Trata da vida de forma lúdica, além de remeter às lembranças da infância... parabéns pelo texto!

Nelise Duarte - Niterói



Muito bom e agradável texto...os álbuns de figurinhas refletem não só a infância de todos ,como trazem memórias passadas familiar,alem de uma vida juvenil que ainda está por ser descoberta....muito interessante e curioso parar para observar todo esse contexto... parabéns!

Sabrina seljan - Rj



Uma abordagem criativa, reflexiva e muito interessante! Nunca havia pensado desta forma!

Wagner - S.Paulo



Colecionar é uma arte e um belo treino pra vida!
Nunca tive muito interesse em colecionar... seu texto me permitiu uma nova óptica sobre o assunto! Gostei muito! Obrigada!

Aline Rodrigues Pires Abondante - Rio de Janeiro



Uma proposta bem interessante.
Uma metáfora imprevisível.
Mas que dá dimensões bem inovadoras.
Obrigada pelo presente.
É uma figurinha nova que completa uma página do meu álbum com grande alegria.

Iris - Bad Blumau



Um texto que traz o frescor das lembranças da infância, justamente em momentos em que estamos carentes, como sociedade, da alegria e ingenuidade das crianças. Parabéns!

Darlan Cavalcanti Silva Gonçalves - Rio de Janeiro/RJ



Muito interessante o paralelo. Leitura agradável. Flui bem natural. Conexões elaboradas e evolução com conteúdo. Parabéns. Orgulho e admiração com a competência do autor por ser uma amigo irmão querido de infância que a vida me presenteou. Uma figurinha das mais raras do meu álbum.

Monir Raggio Luiz - Rio de Janeiro /RJ



Adorei o texto e fiquei curiosa... Como esta história vai se desenvolver?

Lenise Teixeira - Rio de Janeiro



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